Relatório coordenador segurança
Muitas vezes quando gerimos “operações” (coordenador de segurança),temos por base as maiores dificuldades, não percetíveis a muitos. A verdade é uma, existem também momentos que por questões profissionais devemos ponderar muito bem, pois coloca em causa o “serviço” e até a nossa evolução como profissional. (Relatório coordenador segurança).
Deixo abaixo um relatório no meio de muitos tendo por base a ponderação… não estava destinado a continuidade sobre o risco de prejudicar o trabalho (Relatório coordenador segurança).
Para quem gere equipas e tem algumas destas preocupações, claramente se identifica.
(…) No seguimento do jogo acima referido serve o presente para expor as potenciais situações dignas de análise;
A empresa de segurança…. apresentou-se com 10 elementos com a especialidade de ARD + um coordenador de segurança.
Salienta-se o profissionalismo de todos os intervenientes ao jogo no final do encontro (Relatório coordenador segurança).
Aspetos a melhorar e a analisar muito bem;
1 – Falta de total noção de hierarquias por parte dos intervenientes ao jogo;
2 – Um dos intervenientes ao jogo e por forças alheias ao mesmo, estava com um aspeto menos condigno ao serviço;
3 – Quando se troca o pessoal, faz-se com o intuito de todos aprender o posto de todos, não haver lugares cativos, mas sim adaptabilidade em função das necessidades;
4 – Um “debate”, quase um DESACATO com um dos elementos, ( colete 000000) que se recusou a executar uma ordem do coordenador de segurança sobre a rotatividade, interrogou a razão pela qual era feito. Devemos de ter em mente que compete à coordenação no terreno trocar todos os elementos ao jogo se assim o entender, pode até ser uma “má ideia”, mas é da sua gestão, não da dúvida do ARD ou ARD´s.
Refere-se que infelizmente as pessoas não estão habituadas a receber ordens, razão pela qual esta desavença sem nexo algum sobre uma mudança que até se tornou vantajosa.
Pode um elemento até achar errado, mas discute a sua ideia de outra forma.
Foi alertado sobre o facto de não ter de estar a discutir esse assunto naquele local comigo, podia-o sempre fazer no debriefing, após alguma insistência lá optou por “mudar” de posto.
Deve-se ter em conta que o elemento é produtivo, boa imagem, mas não deve de exercer mais a sua função naquele estádio por retaliações sobre o risco de vir a prejudicar o serviço, caso seja o mesmo coordenador;
5 – Apresentou-se um elemento feminino com alguma falta de postura, discutido junto do DS do clube. Este elemento parecia um pouco perdida nas suas funções, o que levou um camarada andar constantemente a “fazer o seu serviço”.
Tendo por base esta análise, vi-me na iminência e exigência de ter de mudar a profissional de local após o intervalo, um local menos visível e com menos “trabalho”.
Deve o elemento em causa numa próxima oportunidade, atar o cabelo pois anda sempre a mexer no mesmo, o que leva a ter dificuldades em auxiliar o público e desempenhar a sua função.
6 – “bate boca” com o camarada… porque não concordou com a rotatividade dos elementos, inclusive transmitiu ao rádio, (…) não está correto num jogo destes fazer rotatividade (…) Vindo deste camarada este tipo de observação acho um pouco surreal a falta de noção de hierarquia e até camaradagem, foi referido junto do mesmo que se não gostava, tinha todo o direito, mas não o devia de tecer naquele contexto.
Foi inclusive abordado a sua “uniformização / imagem” ao jogo que não era das melhores.
As pessoas rodam para bem do serviço e não para vermos quem “mais tem poder”! Contudo, julgo que terá percebido a falta de sensibilidade na sua abordagem.
Devem ter cuidado com as conversas junto dos militares da GNR que transmitiram este desagrado.
Terão de ter cuidado sobre a forma como falam com os mesmos, são um órgão de polícia!
A responsabilidade da coordenação compete-me a mim e ao DS do clube sobre a alçada do comandante do policiamento;
7 – OS ARD´s ao jogo têm de ter noção que não são força de segurança, estão ali para dar apoio ao plano de prevenção do estádio assim como auxiliar as forças de segurança, caso sejam solicitados. O que se vê é os ARD´s a QUEREREM MOSTRAR SERVIÇO” num “campo” sem autonomia para o efeito.
Cuidado que as nossas funções estão contempladas no artº 18 da lei 46/2019 de 8 de Julho , não na lei da segurança interna (Relatório coordenador segurança).
Caso haja um desacato numa claque, com 5 militares junto à mesma, o que lá vai fazer o ARD ?!? o serviço da Polícia!? Caso haja desacatos junto ao túnel, o que lá vai fazer uma ARD feminina !??! consegue parar o desacato, a que preço e com o comandante de polícia por perto?
Cuidado que o BOM SENSO deve de imperar para não serem acusados de usurpações de funções, entre outros.
Muito importante a nossa integridade física e “estão na primeira liga” com câmaras a apontar às vossas ações e condutas, atenção!!
8 – Devem os ARD´s ter noção que regras e ordens são para cumprir, apesar de não gostarem.
Sei que não é fácil arranjar pessoal, mais complicado é se eles vêm de “estádios grandes” com vícios dos mesmos e acharem que num clube pequeno os intervenientes nada percebem da “bola”. Têm sempre de trabalhar na capacidade máxima, “fazer de conta que o estádio está cheio” e prepararem-se para o pior.
O Jogo do……. foi uma amostra colocada à prova e “todos” estão preocupados com o EGO do coordenador que nada percebe de segurança. Levam a mal o “mandar” trocar de lugar porque acham que é uma afronta a si mesmos, sem saberem pensar no quadro geral que é o bem do serviço e o bem-estar de todos (Relatório coordenador segurança).
Os profissionais têm limitações que nos obriga a termos de nos adaptar!!
9 – Foi feito o debriefing e gerido de forma a não gerar conflito, foi abordado a questão de alguns não gostarem da rotatividade e acharem que é um erro!!! Mais uma vez reitero que existe um objetivo superior neste método que não é percetível ao profissional. Se no primeiro jogo rodaram e correu bem, porque neste jogo de terem insurgido com algo que ainda não compreenderam? Uma das colegas abordou a questão de nunca ninguém ter perguntado se precisa de ir à casa de banho.
Julgo que isso é fácil de resolver, mas tem razão na sua análise (Relatório coordenador segurança).
Atenção ao chamar ao rádio para resolver problemas que não nos compete, ocupa-se tempo e faz-se “mais do que devíamos”.
Faz-se 2 vezes e depois querem mais vezes e ficam chateados se não se faz!!
10 – Para que o serviço corra melhor, sugiro e tem de se fazer a troca de COORDENADOR uma vez que a minha forma de ser naquele contexto não se enquadra ao melhor desenrolar da coordenação pelas razões acima evidenciadas.
Será necessário um CS mais passivo e menos objetivo ao serviço (Relatório coordenador segurança).
11 -Sugiro também que definam indicativos e outra dinâmica no terreno porque a que existe complica as pessoas, terão de ter em atenção as limitações de cada um assim como a postura que cada um evidencia;
12 – Cuidado com os locais cativos que num momento complexo de falta de pessoal vai haver “quem não saiba fazer aquele posto e num momento de tensão vai haver problemas!!!
13 – Cuidado com as comunicações ao órgão de polícia competente, a sua execução fora do contexto legal dá multa e “parece mau profissionalismo” a olhos alheios (Relatório coordenador segurança)
Da minha parte agradecer o profissionalismo e o “carinho” com que fui tratado nestes jogos, certamente o acima referido servirá para uma melhor e maior evolução a todos os intervenientes, eu incluído (…)
Bom serviço e boa coordenação a todos os coordenadores.
Relatório coordenador segurança
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