ENTREVISTA CURSO DIRETOR DE SEGURANÇAENTREVISTA CURSO DIRETOR DE SEGURANÇA

Entrevista curso diretor de segurança

Antes de mais, agradecer sempre a quem nos procura para uma entrevista desta importância, tentar levar conteúdo à sua bagagem!

Será sempre vantajoso aos novos diretores de segurança e até a alguns que já aqui andam há muito tempo, mas nunca quiseram ou querem perceber como deve operar esta mundo, analisar a perspetiva de um setor em contante evolução (Entrevista curso diretor de segurança).

Desejar a todos os profissionais que estão atualmente a frequentar esta especialização, a melhor das sortes e relembrar, é “preciso trabalho” e empenho para ser Diretor de Segurança (DS)…desculpas está o mundo farto!

Enaltecer o corpo de formadores ao curso, pelo empenho em focar a metodologia na evolução dos formandos com este tipo de “home work”!

ENTREVISTA curso diretor de segurança:

1 – Como vê a figura do Diretor de segurança no regime atual da segurança privada?

R – Uma boa questão, considero que atualmente o diretor de segurança é uma figura importantíssima como assessor da administração para a gestão interna e externa de toda e qualquer empresa de segurança privada que pretenda crescer no mercado.

2 – Quais os principais desafios que julga, como Diretor de segurança, que poderemos vir a encontrar ao entrar numa empresa titulada e alvará ou licença?

R – Infelizmente o mercado está munido de muitos operacionais com cartão, mas com uma total ausência de expertise, ou seja, encontra aí diretores se segurança, que por valores mais baixos, tentam executar um trabalho de um DS formado e com apetências/ vocação para o desempenho das suas funções. Julgo este vir a ser o principal problema que vocês novos DS´s irão ter ao vir ao mercado, interessa preencher o “espaço” pois a legislação assim o obriga, mas não interessa preencher o local com conhecimento para o verdadeiro desenvolvimento da atividade de DS.

3 – Considera que o atual regime do exercício da atividade de segurança privada, beneficia a função de diretor de segurança privada?

R – Eu sinceramente, não! Por várias razões…O Diretor de segurança é um papel importante no apoio à administração de uma empresa, logo o atual regime da segurança privada deveria ser ainda mais objetivo a esta especialidade. Tal como referi, temos péssimos profissionais dentro do setor e o DS carece de uma maior e melhor regulamentação!

4 – Abordou-se no passado, o Diretor de segurança vira a ser licenciado, concorda?

R – Temos aí dois pontos de interpretação, na minha ótica:

a) Para o exercício da função, não considero ser relevante, contudo considero vir a ser vantajosa à empresa que contrata, pois depende da licenciatura, é como se tivessem 2 em 1 (exemplo – jurista | diretor de segurança), logo quando mais formação e formação objetiva tiver o Diretor de Segurança, melhor para o cabal desempenho das suas funções.

b) Não considero ser fator eliminatório ao desempenho da atividade, pois temos excelentes profissionais com anos de experiência no mercado, com um vasto conhecimento do setor e com apenas o 12º ano, embora reitere que a licenciatura (objetiva) é sempre vantajosa.

5 – Considera atualmente, no contexto do curso de especialização em Direção e segurança, haver necessidade de alteração à frequência do curso em ensino superior?

R – Mais uma vez, embora a formação profissional e por força de regulamentação especifica e até da própria constituição, dá o ensino como um direito “universal”, considero que alguns cursos, especializações em determinadas áreas, especialmente esta, deveria obedecer a critérios mais objetivos à atividade.

6 – Consegue-me dar um exemplo dos “critérios”, para a seleção à formação nesta especialização?

R – Assim de cabeça, cartão de qualquer especialidade ainda dentro da validade ou experiência comprovada no setor da segurança privada através de documentação fidedigna. Isto pode ser ainda mais desenvolvido e deveria ser ponderado uma melhor “seleção” à especialização.
Atualmente e nada contra, temos muitas pessoas que não são e nunca foram do setor, fazem a formação e ficam certificados, só que falta claramente a experiência| expertise ao necessário desenvolvimento das suas funções enquanto diretores de segurança.

7 – Como vê as atuais empresas de segurança privada na gestão que compete ao Diretor de segurança?

R – Muito mal, como referi, interessa preencher o “posto”, não interesse ali ter um profissional com conhecimento! Até temos Diretores de segurança que acumulam funções como responsáveis de segurança em outras realidades, algo que para mim é inconcebível!

8 – O que aconselharia aos novos diretores de segurança privada que terminam a formação?

R – Noção que tem de ser minimamente profissionais no que fazem, terem cartão só por ter e alegar que tem a especialidade, será poço sem fundo! Estudar e ainda estudar mais quando terminarem o curso, as funções do diretor de segurança são muito especificas (Entrevista curso diretor de segurança).

Embora não seja dado o devido relevo à especialidade, um pouco pela ausência da noção do que é a atividade no seu cerne por alguns “colegas Ds´s”, aliado à falta de cultura de estudo, é o “entrar tudo” como Diretor de Segurança..as empresas escolhem o “mais barato”!

9 – Considera importante a formação, tanto do Diretor de segurança como dos vigilantes?

R – Claro que sim, sempre!

Só assim conseguimos saber e conhecer a atividade na sua plenitude (Entrevista curso diretor de segurança).

A formação é a base da evolução, sem ela, não é possível evoluir!

Mesmo quem se proponha a frequentar esta especialização, se os formadores forem exigentes terão imensas dificuldades (entrevista curso diretor de segurança).

Um bom Diretor de Segurança não é só o operacional que faz 12 horas por dia e 300 horas ao final do mês, o curso será certamente mais objetivo e obriga a dedicação e estudo.

10 – Antes de terminar, considera produtivo o papel das policias no controlo e fiscalização do setor?

R – Sempre, fiscalização é sempre bem-vinda, só assim se elimina comportamentos de todas as partes envolvidas neste “mundo”.

11 – Onde vê a segurança privada e os Diretor de segurança privada daqui a 10 anos?

R – Isso é uma questão que divido em 2 respostas, se me perguntar hoje, por tudo o que por aí vemos e na ausência de uma melhor palavra, uma “vergonha”!

Preços abaixo de custo, condutas de algumas empresas a roçar a criminalidade, profissionais de segurança privada sem a mínima noção das suas funções e até do seu código deontológico, uma infinidade de “aberrações”.

Se me perguntar amanhã, uma atividade que deve e tem sempre de saber estar no complemento ao órgão de polícia e com a completa noção das suas funções (entrevista curso diretor de segurança).

Espero um dia vir a ver este mundo em setores mais “produtivos”, por exemplo no contexto da guarda prisional!

Pode-se muito bem fazer o controlo de acessos nas cadeias e se calhar até alguma componente administrativa.

Claro que obedecia a um maior escrutínio por parte da tutela e da própria empresa mas o REASP já atribui a esta deveres especiais para o efeito da execução deste tipo de realidade (minha interpretação no contexto).

Zelar para que os seus funcionários não colidam com direitos, liberdades e garantias é uma delas, assim como garantir o cumprimento de toda a regulamentação no exercício da atividade , logo porque não o “apoio” ao corpo da guarda prisional!  (Entrevista curso diretor de segurança).

12 – Uma última questão, não acha que os profissionais de segurança privada deveriam usar armas?

R – De uma forma muito direta, não!!

Para começar o recurso a meios coercivos, seja com armas ou não, compete ao órgão de polícia.

A segurança privada não tem maturidade e conhecimento para o efeito.

Embora de momento esteja a ser permitido o recurso a armas de fogos, após cuidada análise da tutela, eu continuo a não concordar (entrevista curso diretor de segurança).

Infelizmente aqui fala o meu conhecimento e o que vejo e analiso por essas redes socias fora, o pessoal anda olha para isto como “ser fixe” andar armado (entrevista curso diretor de segurança).

O recurso a armas no nosso regime jurídico é super complexo, se é para o agente do estado , então imagine para nós!

13 – Última, última questão…como nos salvaguardamos então em certos tipos de serviço se não com armas (entrevista curso diretor de segurança).

R – Sei que em contexto prático é complicado, existem situações muito complexas de analisar, mas para evoluir e preciso formação e conhecimento, sem esquecer “maturidade”!

As pessoas mais rapidamente gastam 600€ ou 1000€ num telemóvel, se for formação que vise a sua evolução, não vale a pena, já sabem e é caro…isto sem esquecer o “facilitismo” e a procura nesse sentido!

Não podemos estar à espera que seja sempre a empresa a “chegar-se” à frente como diz o outro, eu mesmo como profissional devo ter a ânsia de saber mais e melhor!

Podemos aqui começar por considerar no nosso regime jurídico, a agressão a profissional de segurança privada, independente da especialidade, ser crime público!

Com o tempo…analisávamos o futuro!

Consideração finais ao entrevistado (Entrevista curso diretor de segurança).

Muito obrigado pela sua colaboração

 

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By Cunha

Tinha 29 anos em 2000 , em que ano nasci eu ?

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